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domingo, 13 de março de 2016

Subsidio CPAD adolescentes a oração no (N.T) 20/3/2016


                           
                            SUBSIDIO ADOLESCENTES

                      A ORAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

                    Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14.


              



Lucas 24
46 - E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
49 - E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
52 - E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
53 - E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém!

Atos 1
4 - E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.
5 - Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
12 - Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
14 - Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.
Caro professor, o livro de Atos registra as ações inspiradas de um grupo especial de crentes. Nele estão incluídos os atos da Igreja, levantada no Pentecostes, por meio do Espírito Santo. As orações da Igreja Primitiva foram cruciais para os eventos sobrenaturais que marcaram os primeiros dias desse novo movimento do Espírito. Em diferentes épocas da Igreja surge a necessidade do estabelecimento de movimentos profundamente espirituais. Foi assim na Igreja Primitiva, na igreja medieval, e é assim na igreja contemporânea. Precisamos olhar para o passado a fim de corrigir o presente e aperfeiçoar o futuro.

ORIENTAÇÃO
Professor, na lição de hoje analisaremos a oração num período histórico da Igreja. O objetivo é fazer uma exposição, ainda que resumida, entre os períodos históricos da Igreja (Antigo, Medieval e Moderno). Reproduza o subsídio histórico eclesiológico, presente na seção Auxílio Bibliográfico II, e distribua cópias para os alunos. A partir do exemplo de Charles G. Finney, explique que ao longo da história da igreja cristã houve momentos em que surgiram movimentos de despertamento para mudar as suas ações. O exemplo da comunidade cristã primitiva influenciou Charles Finney a não se conformar com a mornidão espiritual da vida eclesiástica. Ele influenciou profundamente a sociedade de seu tempo a partir da sua vida de oração. Mostre aos alunos que os exemplos do passado forjam a esperança para o futuro. Boa Aula!

                                        introdução

Novo Testamento: Nome dado à segunda pane da Bíblia que compreende 27 documentos escritos por testemunhas oculares de Cristo ou pelos seus contemporâneos através de inspiração divina.

Estudar a respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase no relacionamento de Deus com o homem. Uma fase iniciada na cruz de Cristo e consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a igreja. Através da mediação de Jesus, o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar. Mais do que acesso; o crente em Jesus torna-se habitação do Santo Espírito.

I. A ORAÇÃO NO INÍCIO DA IGREJA

1. Jesus volta ao céu. Antes de ascender aos céus, Jesus reuniu-se com os seus discípulos no monte das Oliveiras. Jesus deu as últimas orientações e ordenou-lhes que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.4,12-14; 2.1-3). Deus também tem um trabalho glorioso para realizarmos, porém, não podemos fazer a obra dEle de qualquer maneira; precisamos do poder do Espírito Santo. Necessitamos do revestimento de poder do alto (Lc 24.49).
2. A primeira reunião de oração. Após a ascensão de Jesus, os discípulos se reuniram no cenáculo m oração (At 1.13,14). Podemos dizer que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos aguardaram, em oração, a promessa de Jesus até que do alto todos foram revestidos de poder; ninguém foi excluído. Aprendemos com isso que as bênçãos de Deus, assim como a oração, são para todos. O resultado deste derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com oração, foi a conversão de várias pessoas, a multiplicação dos milagres, a unidade da igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).
3. Oração ante a perseguição. Os discípulos diariamente se reuniam no Templo, e muitas pessoas criam em Cristo a cada dia. Não demorou para que a perseguição surgisse. Pedro e João foram presos, e as autoridades determinaram que não mais pregassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. Porém, os cristãos não se abateram, “unânimes levantaram a voz a Deus” (At 4.24). Por conseguinte, “todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. [...] E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.31,33).A oração na Igreja Primitiva era diária; nem mesmo a perseguição impediu os crentes de orar.
II. PRINCÍPIOS DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL

1. O crescimento da obra de Deus. É imprescindível que o crente ore neste sentido. O próprio Jesus incentivou seus discípulos a ver a dimensão do trabalho a ser feito e a orar pela propagação do evangelho (Lc 10.2). Quando Jesus convocou seus discípulos, os chamou para “pescar” (Mt 4.19; Mc 1.17). O trabalho primordial da igreja foi resumido nas seguintes palavras do Mestre: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).
2. Outras necessidades. A oração em favor da igreja local e universal não pode permanecer focada exclusivamente no seu crescimento quantitativo, pois existem outras necessidades pelas quais precisamos interceder, por exemplo: orar pelos enfermos, desempregados, pelos que estão presos, etc. Muitas são as necessidades da igreja, e todas elas devem ser apresentadas a Deus por intermédio da oração.
3. A oração dos líderes. A Igreja do Senhor, por meio de seus dirigentes, sempre se dedicou à oração. Todo crente se sente confortado e confiante, tendo a certeza das orações intercessórias de seus dirigentes, inclusive nas reuniões congregacionais, dedicadas à oração. Paulo recomendou ao pastor Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (1 Tm 2.1).
No livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João (At 3.1; 8.14-17); os Doze (At 6.2,4); Pedro (At 9.40; 10.9-11); Paulo e Barnabé (At 14.23); Paulo e Silas (At 16.16,25); Paulo (At 20.36; 21.5; 22.17).Os princípios da oração congregacional passam pelo crescimento da igreja, apresentação de necessidades específicas e a dedicação integral à vida de oração de seus líderes.
III. O APÓSTOLO PAULO E A ORAÇÃO

1. As revelações do Senhor. Paulo foi o apóstolo que mais recebeu revelações acerca das doutrinas cristãs. Isso com certeza se deve ao fato de que ele orava. Seu amor, dedicação e zelo pela obra de Deus são incontestáveis e admiráveis. O desprendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização resultou no acelerado crescimento da Igreja Primitiva. Paulo é um exemplo de como Deus pode transformar o caráter daquele que se entrega a Ele sem reservas (Cl 1.14; Fp 3.4-7).
2. O zelo de Paulo pela ordem na igreja. Paulo deixara Tito na igreja em Creta para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele jovem pastor, expondo a urgente necessidade de se manter a ordem na igreja. Se os conselhos de Paulo a Tito fossem observados por todas as igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor.
Paulo nos apresenta uma relação de qualidades indispensáveis aos obreiros da Igreja de Cristo: “Irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes [...], irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina” (Tt 1.5-9).
Tais obreiros são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.
3. Paulo e a oração. Paulo era um líder que estava em contínua e constante oração, dia e noite (1 Ts 3.10). Ele exortou os crentes de Tessalônica a “orar sem cessar” (1 Ts 5.17). Paulo gostava de estar com os irmãos em oração: Ele orou com as irmãs (At 16.13); com os anciãos (At 20.36) e com um grupo de discípulos em Tiro (At 21.5). Não temos dúvidas de que Paulo foi um grande intercessor! Todavia, ele não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava as orações: “Ajudando-nos também vós, com orações, por nós...” (2 Co 1.11); “Orando também juntamente por nós...” (Cl 4.3).Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo pela ordem na igreja.
A igreja nasceu e cresceu mediante a oração. Aos pés do Senhor, encontrou direção e disposição para o trabalho, bem como forças para não sucumbir diante das dificuldades e problemas que surgem no caminho, inclusive oposição e perseguições. As circunstâncias, pelas quais a igreja passa, podem mudar de diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a Deus em oração permanecerá até a volta do Senhor Jesus.

           A oração no livro de Atos e no ministério de Paulo
“Atos. Se Lucas é o evangelho da oração, o livro que o acompanha, Atos mostra a Igreja Primitiva como uma comunidade de oração. Os discípulos oram enquanto esperam pelo Espírito Santo (Lc 24.53; At 1.14) e depois de sua vinda as principais práticas da jovem igreja podem ser resumidas entre ‘ensinar’, ‘dividir os bens’, ‘distribuir o pão’ e ‘orar’ (2.42-45). Lucas descreve essa vida inicial de oração como perseverante e dotada de uma concordância (por exemplo, 1.14; 2.42,46). Como no Evangelho de Lucas, a oração acompanha as crises de decisão (At 1.24), de libertação (4.24ss.; 12.5; 16.25) ou de confiança (7.60). Ela também está permanentemente associada à prática da imposição de mãos, e à vinda do Espírito Santo sobre indivíduos ou grupos (6.6; 8.14-17).
Paulo. A contribuição paulina à teologia da oração do NT é a sua grande ênfase na ação de graças. O fato de todas as suas epístolas, exceto Gálatas e Tito, terem uma expressão de ação de graças ou bênção de Deus logo de início, ou pouco depois da saudação, não pode ser explicada apenas como uma mera forma epistolar, pois está enraizada na teologia paulina. Paulo acreditava que toda oração deve incluir ação de graças (Fp 4.6; Cl 4.2), pois as ações de graças (eucharistia) faziam com que a glória ascendesse a Deus pela graça (charis) que havia descido sobre nós em Jesus Cristo (cf. 2 Co 1.11).O ensino geral de Paulo sobre a oração foi muito bem resumido em 1 Timóteo 2.1-9”.
“Charles C. Finney foi um dos principais evangelistas da América do Norte. Nasceu em 1792, num lar sem qualquer influência evangélica. A princípio, tornou-se professor de escola primária e, mais tarde, aprendiz num escritório de advocacia no Estado de Nova Iorque. Enquanto estudava para prestar exames na faculdade de Direito, descobriu que a Bíblia era o alicerce das leis norte-americanas. [...] Com idade de vinte e nove anos, Finney rendeu sua vida a Cristo e abandonou seus planos de se tornar advogado para pregar o Evangelho, imediatamente, o reavivamento acompanhou a prédica de Finney. Pessoas eram arrebanhadas para o Reino de Deus em reavivamento após reavivamento.
A oração era o principal ingrediente no sucesso de Finney. Tudo quanto fazia era precedido pela oração.
A clássica obra de autoria de Finney, Lectures on Revivais of Religion [Palestras sobre Reavivamento da Religião], [...]. Do capítulo ‘The Spirit of Prayer’, temos este impressionante trecho:
‘Oh, quem nos dera uma igreja que orasse! Certa feita, conheci um ministro que teve um reavivamento por catorze anos seguidos. Não sabia como explicar a razão disso, até que presenciei um de seus membros se levantar numa reunião de oração e fazer uma confissão, ‘irmãos’, disse ele. ‘Há muito que tenho o hábito de orar todos os sábados à noite até depois da meia-noite, pela descida do Espírito Santo entre nós. E agora, irmãos’ — e ele começou a chorar — ‘confesso que tenho negligenciado isso por duas ou três semanas...’. Aquele ministro tinha uma igreja dedicada a oração” (Finney, Lectures on Revivais, pp.99,100). (BRANDT, R. L.; BICKET, Z. J. Teologia Bíblica da Oração. 4.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.459-61).“Contudo, Finney também acreditava na reforma social, em que indivíduos convertidos fariam uma grande diferença na cultura como um todo. Quando as pessoas vêm para Cristo não podem simplesmente aquecer-se em sua salvação recém-encontrada. Elas precisam investir sua energia na transformação da cultura, fazendo cessar as coisas que violam os princípios bíblicos. Foi exatamente neste ponto que a segunda carreira de Finney teve uma influência impressionante. Ele envolveu-se fortemente nos movimentos antiescravagista, de direitos da mulher e de abstinência (de alcoolismo). Donald Dayton escreve:

O próprio Finney fez conversões fundamentais e nunca quis substituir o avivamento pela reforma, mas ele fez as reformas com um ‘complemento’ ao avivamento. Por exemplo, ao discutir a questão do escravagismo, o evangelista desejava fazer da ‘abolição um complemento, exatamente como, em Rochester, fez a abstinência um complemento ao avivamento’. Com esta conexão, Finney preservou a centralidade dos avivamentos, ao mesmo tempo em que promovia as reformas e impelia seus convertidos a assumirem novas posições sobre questões sociais”.(GARLOW, J. L. Deus e seu Povo. A História da igreja como Reino de Deus. 1.ed. RJ: CPAD, 2007, pp.212-13).

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