Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2001
Título: Hebreus — “... os quais ministram em
figura e sombra das coisas celestes”
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição
6: O
perigo da apostasia
Data: 5 de Agosto de 2001
TEXTO ÁUREO
“Mas de vós, ó
amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que
assim falamos” (Hb 6.9).
VERDADE PRÁTICA
Há um grande perigo para aqueles que, uma vez conhecendo a
verdade de Deus, dela se afastam, negando sua eficácia e poder.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Hb 12.16
Fornicação
espiritual
Terça - Hb
12.17
Arrependimento
tardio
Quarta -
Pv 24.16
O justo
cai e se levanta
Quinta -
Hb 3.16
Deus
contra os desobedientes
Sexta - Hb
3.17,18
Mortos por
desobediência
Sábado -
Fp 2.11
Jesus é o
Senhor
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Hebreus
5.11-14; 6.1,2,4-6,10,13,16-20.
Hebreus 5
11 - Do qual muito temos que dizer, de
difícil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir.
12 - Porque, devendo já ser mestres
pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os
primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos haveis feito tais que
necessitais de leite e não de sólido mantimento.
13 - Porque qualquer que ainda se
alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é
menino.
14 - Mas o mantimento sólido é para os
perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para
discernir tanto o bem como o mal.
Hebreus 6
1 - Pelo que, deixando os rudimentos
da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o
fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,
2 - e da doutrina dos batismos, e da
imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.
4 - Porque é impossível que os que já
uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram
participantes do Espírito Santo,
5 - e provaram a boa palavra de Deus,
e as virtudes do século futuro,
6 - e recaíram, sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o
Filho de Deus e o expõem ao vitupério.
10 - Porque Deus não é injusto para se
esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome,
mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.
13 - Porque, quando Deus fez a promessa
a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo.
16 - Porque os homens certamente juram
por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim
de toda contenda.
17 - Pelo que, querendo Deus mostrar
mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa,
se interpôs como juramento,
18 - para que por duas coisas
imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação,
nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;
19 - a qual temos como âncora da alma
segura e firme e que penetra até o interior do véu,
20 - onde Jesus, nosso precursor,
entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de
Melquisedeque.
PONTO DE CONTATO
Comece a aula perguntando a seus alunos se eles se consideram
crentes espiritualmente maduros. Depois fale um pouco sobre a urgência da
maturidade cristã. Os cristãos hebreus, destinatários da epístola em apreço,
eram ainda “criancinhas” quando, pelo tempo de crentes, deveriam ter alcançado
certa maturidade. Já era tempo para eles serem mestres dos outros, enquanto na
realidade, careciam de instrução elementar. Eram inexperientes, imaturos e mal
preparados para participarem das discussões dos problemas de grande vulto do
pensamento cristão. O escritor pretendia deixar claro que não se consegue a
maturidade cristã pelo retorno aos padrões dos primeiros estágios da instrução
cristã. Para que o edifício espiritual seja concluído, é necessário ir além do
lançamento dos alicerces, isto é, o arrependimento de obras mortas e fé em
Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Expressar a importância do crescimento espiritual para todos os
cristãos.
·
Reconhecer o perigo terrível da apostasia.
·
Desejar manter-se firme diante de Deus para não ser apanhado
pela apostasia.
SÍNTESE TEXTUAL
Os cristãos hebreus haviam sido uma vez iluminados através da
revelação de Deus em Cristo. Haviam experimentado o dom celestial, o Espírito
Santo, e a boa Palavra de Deus, o evangelho de Cristo, pregado entre eles com
toda manifestação de poder e milagres. Para essas pessoas, caso se desviassem,
seria impossível serem renovadas outra vez para arrependimento, uma vez que
deliberadamente rejeitaram a Cristo, declarando que a sua crucificação não
possuía mais o sentido que antes lhe atribuíam.
O escritor aos hebreus sentiu bem de perto o perigo que aqueles
crentes nessas circunstâncias enfrentavam, por isso os advertiu.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Peça a seus alunos para relacionarem no quadro de giz os passos
que normalmente conduzem os crentes inadivertidos à apostasia. Depois,
compare-os com os exemplos abaixo:
1. O crente
por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações,
advertências, promessas e ensinos da Palavra de Deus (Jo 5.44,47).
2. Quando as
realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino de Deus, o crente
deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através de Cristo (Hb 7.19,25).
3. Por causa
da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante com
ele na sua própria vida (1 Co 6.9,10).
4. Por causa
da dureza do seu coração (Hb 3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de Deus,
não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (1 Ts 5.19-22).
5. O Espírito
Santo se entristece (Ef 4.30); seu fogo se extingue e seu templo é profanado (1
Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente (Hb 13.14) (Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD,
pág. 1903).
COMENTÁRIO
introdução
Quando o cristão estaciona na fé e não se aprofunda no
conhecimento das coisas de Deus, corre o risco de ser levado por ventos de
doutrinas (Ef 4.14) e apostatar, vindo a perder-se eternamente por não se
arrepender. O tema desta lição, por seu expressivo conteúdo doutrinário, merece
cuidadosa análise à luz da Palavra de Deus.
I. INFÂNCIA
ESPIRITUAL
1. Negligentes para ouvir (5.11). É próprio das crianças em geral serem
negligentes para ouvir. Faz parte da sua estultícia (Pv 22.15). Aqui o escritor
dirige-se aos cristãos que já deviam “ser mestres pelo tempo”, ou seja, pessoas
que não eram mais neófitas na fé. Aliás, os novos convertidos, vistos como
crianças espirituais, normalmente são os melhores ouvintes.
2. Necessitados de leite (vv.12,13). O crente “menino” não se desenvolve por não
saber ouvir a Palavra de Deus. Os leitores da Epístola aos Hebreus ainda
careciam dos ensinamentos rudimentares da fé cristã: precisavam “de leite, e
não de sólido alimento”. Aliás, em nossos dias, observa-se muita “meninice” em
diversas igrejas. Trata-se de “movimentos estranhos”, embusteiros e perigosos,
que não têm base na Palavra de Deus.
Essa gente precisa, se quer mesmo crescer e ser adulto na fé, do
leite puro da Palavra de Deus para crescimento, fortalecimento e imunização
espiritual.
II. OS
RUDIMENTOS DA DOUTRINA
1. Arrependimento e fé (6.1). Constituem os dois pilares da doutrina da
salvação. São elementos fundamentais que não podem faltar no ensinamento e
formação do novo convertido.
O escritor fala de “arrependimento de obras mortas”. Sendo eles
judeus convertidos ao cristianismo, provavelmente ainda queriam reviver os
velhos conceitos da lei, tais como a guarda do sábado, a implementação dos
sacrifícios, a observância das luas novas, etc, esquecendo-se da salvação
somente pela graça, mediante a fé.
2. Batismos e imposição de mãos (v.2). A doutrina dos batismos faz parte do início da
fé, e não dos estágios mais avançados do desenvolvimento espiritual. Hoje,
ainda há “meninos”, ensinando que só se deve batizar em nome de Jesus, e não na
forma trinitariana como Jesus ordenou (cf. Mt 28.19). Quanto à imposição das
mãos, nos moldes do Antigo Testamento, que consistia num gesto simbólico de
transmissão de bênçãos (como fez Jacó), os crentes daquela ocasião não deveriam
mais preocupar-se. Agora, com Cristo, o gesto de impor as mãos, no nome de
Jesus, propicia a cura divina (Mc 16.18; At 28.8).
3. Ressurreição e juízo (v.2). Todo crente em Jesus, desde o início de sua
fé, em seu discipulado básico, deve saber que Cristo morreu por nossos pecados,
mas ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25), e para um dia julgar o mundo
com justiça (At 17.31).
III. O GRAVE
PERIGO DA APOSTASIA
1. O que é apostasia. Do gr. apostásis,
afastamento, abandono da fé. Apostatar significa abandonar a fé cristã de modo
premeditado e consciente. No texto em apreço o escritor adverte quanto ao
perigo da apostasia.
2. O arrependimento impossível (vv.4,5). O capítulo em estudo contém uma solene
advertência contra a apostasia deliberada e insensível. Nele são apresentados
cinco motivos pelos quais um apóstata empedernido não pode mais arrepender-se:
a) “Já uma vez foram iluminados”. Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12); os que o
aceitam de verdade, experimentam seu perfeito fulgor, e reconhecem que outrora
encontravam-se nas trevas, no mundo, sem Deus e sem salvação. Agora não são
mais novos convertidos. São crentes que sabem diferençar as trevas do Diabo da
luz de Cristo.
b) “Provaram o dom celestial”. O texto não se refere a neófitos na fé, com
limitada convicção do evangelho. Refere-se, sim, a crentes que tiveram uma
experiência real com Cristo (ver 1 Pe 2.1-3), provando a salvação que, pela fé,
é dom de Deus (Ef 2.8,9).
c) “E se fizeram participantes do Espírito Santo”. Aqui a advertência é severa para aqueles que
foram pelo Espírito Santo imersos no corpo de Cristo. O apóstolo Paulo diz que
“todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.12,13). Fica claro que o escritor
dirigia-se a pessoas que conheciam muito bem o significado da comunhão com o
Espírito Santo.
d) “E provaram a boa palavra de Deus”. O escritor repete o verbo provar, referindo-se
a crentes que tiveram um conhecimento mais que superficial das verdades de
Deus, expressas em sua Palavra. Não apenas sentiram o “cheiro”, mas “comeram” a
Palavra, experimentando-a e confirmando-a como verdadeira (cf. Jo 17.17).
e) “E (provaram) as virtudes do século futuro”. Os leitores da carta eram crentes que além da
vasta experiência espiritual, puderam, ainda no presente, experimentar as
bênçãos e as virtudes do porvir. Jesus disse: “E curai os enfermos que nela
houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus” (Lc 10.9); “... o Reino
de Deus está entre vós” (Lc 17.21).
3. A recaída no fosso da apostasia (v.6). O escritor diz que para aqueles que possuíam
as experiências descritas nos vv. 4 e 5, e recaíssem, seria “impossível” (v.4a)
serem “outra vez renovados para arrependimento” (v.6a). Não se trata de um
crente que se afasta da igreja local por pecados relativamente comuns entre os
homens. Quase sempre essas pessoas se arrependem e pedem perdão a Deus e à
igreja. A impossibilidade de arrependimento referida pelo escritor, diz
respeito a crentes que, mesmo providos das experiências mencionadas acima,
abandonam a Cristo, negando-o e renegando-o de modo proposital e deliberado.
Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tão escrachado de desvio, que
sua consciência encontra-se cauterizada (conforme 1 Tm 4.2), ficando
insensibilizado a qualquer advertência por parte do Espírito Santo.
É uma situação tão difícil que a pessoa acaba blasfemando contra
o Espírito de Deus, não tendo mais condições de obter o perdão do Pai (cf. Mt 12.31).
Este é o “pecado para a morte” de que trata o apóstolo João em sua epístola (1
Jo 5.16b).
4. Expondo Cristo ao vitupério.
a) Voltam a crucificar o Filho de Deus. A morte de Cristo foi por Deus preordenada
para ocorrer apenas uma vez, como de fato aconteceu. Os sacerdotes do Antigo
Testamento ofereciam muitas vezes sacrifícios, inclusive por si mesmos (Hb
9.26). Mas Cristo ofereceu-se uma única vez “para tirar os pecados de muitos”
(Hb 9.28). Quem o conhece, experimentou sua salvação, e mesmo assim, peca
proposital e deliberadamente, volta a crucificá-lo, expondo-o ao vitupério.
b) Terra maldita. Usando uma
trágica metáfora, o escritor dá a entender que o coração de quem tem
conhecimento de Cristo e o despreza, apostatando da fé, é como uma terra antes
boa, mas tornando-se reprovada, “produz espinhos e abrolhos”, e só presta para
ser queimada.
IV. A
FIDELIDADE DE DEUS
1. Deus não é injusto (v.10). O escritor considera os destinatários de sua
carta como pessoas amadas, de quem espera “coisas melhores, e coisas que
acompanham a salvação...”. Isso prova que, embora a apostasia os ameaçasse
constantemente, eles não tinham caído nela: estavam sendo advertidos. Em
seguida, ele diz que “Deus não é injusto” para se esquecer da obra, do trabalho
e da caridade deles para com os santos, a quem serviam.
2. Deus cumpre suas promessas (v.13). Deus fez promessa a Abraão e, como não tinha
alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo e
multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca
alcançou a bênção, porque esperou com paciência (vv.14,15).
3. É impossível que Deus minta (vv.16-20). Deus quis mostrar a “imutabilidade de seu
conselho aos herdeiros da promessa”, fazendo um juramento. Certamente Deus não
precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele “se interpôs com
juramento”. O escritor enfatiza que “é impossível que Deus minta” e, por isso,
devemos “reter a esperança proposta, a qual temos como âncora da alma, segura e
firme, e que penetra até o interior do véu”, onde está Jesus, nosso mui amado e
eterno Sumo Sacerdote.
CONCLUSÃO
Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam
cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de
quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos
pecadores. Tais desafortunados podem chegar à situação de arrependimento
impossível, e se perderem eternamente.
VOCABULÁRIO
Apostatar: Desertar (da fé), mudar de religião ou de
partido.
Blasfemar: Proferir palavras blasfemas e ultrajantes.
Carecer: Não ter, não possuir.
Embusteiro: Quem ou aquele que usa de embustes; mentiroso, intrujão, impostor.
Empedernido: Que se tornou duro como pedra; petrificado; endurecido, insensível, duro.
Estultícia: Qualidade ou procedimento de estulto; estultice.
Implementar: Dar, executar a (um plano, programa ou projeto).
Premeditar: Resolver com antecipação e refletidamente; planejar.
Propiciar: Tornar propício, favorável.
Rudimentar: Que tem o caráter de rudimento; elementar.
Vitupério: Insulto, injúria, ato vergonhoso, infame ou criminoso.
Blasfemar: Proferir palavras blasfemas e ultrajantes.
Carecer: Não ter, não possuir.
Embusteiro: Quem ou aquele que usa de embustes; mentiroso, intrujão, impostor.
Empedernido: Que se tornou duro como pedra; petrificado; endurecido, insensível, duro.
Estultícia: Qualidade ou procedimento de estulto; estultice.
Implementar: Dar, executar a (um plano, programa ou projeto).
Premeditar: Resolver com antecipação e refletidamente; planejar.
Propiciar: Tornar propício, favorável.
Rudimentar: Que tem o caráter de rudimento; elementar.
Vitupério: Insulto, injúria, ato vergonhoso, infame ou criminoso.
EXERCÍCIOS
1. Quem são considerados meninos espirituais?
R. Aqueles a quem se torna necessário
ensinar os rudimentos da doutrina de Cristo.
2. Que é apostasia?
R. O afastamento da fé.
3. Por que é impossível alguém que apóstata deliberadamente
arrepender-se?
R. Porque “de novo crucificam o Filho de
Deus e o expõem ao vitupério”.
4. A que tipo de terra é comparado o coração do
apóstata deliberado?
R. A uma terra maldita.
5. O que é impossível a Deus, segundo a lição?
R. Que Ele minta.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Bibliológico
“Neste ponto, o autor poderia ter procedido a comparação de
Cristo com Melquisedeque. Mas, temendo que o leitor não alcançasse o seu
significado, uma vez que seria contrária às opiniões correntes judaicas, ele
formula um aviso e só retoma o argumento a partir do capítulo 7.
Nos versículos 11-14 (Cap. 5), o autor alerta quanto aos perigos
de estacionar na vida espiritual e menciona as possíveis consequências. A vida
espiritual é semelhante à natural: em todos os seus estágios depende de fatores
sem os quais não poderá ser mantida. Um crescimento sadio dá ao cristão
condições de se apropriar do que seria impossível num estágio anterior e
inferior. Contudo, essa constatação traz sérias responsabilidades:
a) O período de infância espiritual pode ser prorrogado de forma
abusiva, como fizeram os hebreus, mantendo-se como ‘criancinhas’ — estágio esse
que já deveriam ter passado (vv.11,12).
b) Como consequência do primeiro item, a pessoa pode não estar
preparada para a instrução mais madura (‘sólido mantimento’), em tudo
necessária, quando ministrada a seu tempo (vv.13,14).
Os hebreus eram ainda ‘criancinhas’ quando, pelo tempo de
convertidos, deveriam ter alcançado certa maturidade. Já era tempo de serem
mestres e não de estarem buscando instrução elementar. Eram inexperientes,
imaturos e despreparados para participar das discussões sobre problemas de
grande vulto do pensamento cristão.
Segue-se uma exortação para avançarem na busca de um
conhecimento mais elevado a que o autor os conduz, convicto de que o
acompanharão (6.1-3): ‘Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo,
prossigamos até a perfeição’. Os crentes hebreus precisarão de maior percepção
espiritual, uma vez que o autor irá demonstrar que o sacerdócio de Cristo
significa a abolição da Antiga Aliança.
Não se consegue a maturidade cristã retornando aos padrões dos
primeiros estágios da instrução cristã. Para que o edifício espiritual seja
concluído, é mister ir além dos alicerces — o arrependimento das obras mortas
pela fé em Deus” (Comentário Bíblico Hebreus. CPAD, págs. 136,137).
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