Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de
2012
Título: As Sete Cartas do Apocalipse — A
mensagem final de Cristo à Igreja
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 7: Sardes, a igreja morta
Data: 13 de Maio de 2012
TEXTO ÁUREO
“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os
mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14).
VERDADE PRÁTICA
Somente o Espírito Santo pode
reavivar a Igreja e levá-la a posicionar-se como a agência por excelência do
Reino de Deus.
HINOS SUGERIDOS
57, 175, 530.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 6.3
Em Cristo, somos todos batizados
Terça - Jo 17.2; At 3.15
Cristo: o Autor da vida
Quarta - Gn 1.3; Lc 1.35; Jo 3.5
O Espírito Santo nos dá vida
Quinta - Ef 5.23; 1 Pe 1.17-19
Cristo resgatou a Igreja com seu precioso sangue
Sexta - Ap 3.3
Devemos nos lembrar do que temos recebido
Sábado - Jr 48.10
Não podemos ser relapsos com o Senhor
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Apocalipse 3.1-6.
1 - E ao anjo da igreja que está em Sardes
escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu
sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
2 - Sê vigilante e confirma o restante que
estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e
ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um
ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
4 - Mas também tens em Sardes algumas pessoas
que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são
dignas disso.
5 - O que vencer será vestido de vestes
brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e
confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz
às igrejas.
INTERAÇÃO
Prezado
professor, estudaremos nesta lição acerca da igreja de Sardes. A igreja se
encontrava morta espiritualmente. Aparentemente estava bem, o seu exterior
físico era excelente. No entanto, podemos definir essa igreja da mesma maneira
que Cristo definiu os escribas e os fariseus: “Pois que sois semelhantes aos
sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente
estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23.27).
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Identificar os problemas pertinentes a igreja
de Sardes.
- Compreender que não podemos viver de
aparência.
- Reconhecer que somente o Espírito Santo pode
vivificar uma igreja espiritualmente morta.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para concluir a lição
deste domingo, explique aos alunos que mesmo sendo uma igreja morta
espiritualmente, Sardes abarcava remanescentes fiéis ao Senhor. Diga a eles que
atualmente há igrejas que se encontram como a de Sardes: mortas na vida espiritual.
Mas, graças ao Senhor, há dentro dessas igrejas homens e mulheres que
permanecem fiéis a Deus. A carta à Igreja de Sardes é um aviso de Cristo para
que não nos descuidemos da comunhão com Ele.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Morte: Fim; desaparecimento gradual
de qualquer coisa que se tenha desenvolvido por algum tempo.
A igreja em Sardes foi morrendo aos
poucos até esvaziar-se por completo do Espírito Santo. Agora, já não passava de
um cadáver. Mas aos olhos humanos, parecia bem viva. Assemelhava-se aos
defuntos preparados em ricas funerárias. Bem maquiada e vestida ricamente,
impressionava por sua vida sem vida. Ela, porém, já começava a cheirar mal.
Muitas igrejas, hoje, assemelham-se a
Sardes. Morreram e não o sabem. Vivem do passado, pois já não existem no
presente. Ao invés do registro do novo nascimento, o atestado de um óbito que
poderia ter sido evitado. Era só angustiar-se por um avivamento.
Todavia, o Senhor Jesus quer
reavivá-las. O Espírito Santo haverá de soprar-lhes a vida, para que se reergam
neste vale de ossos sequíssimos. Somente um reavivamento ressuscitará as
igrejas que, apesar de terem história, já não fazem história.
I. A IGREJA EM SARDES
1. A cidade de Sardes. A
cidade de Sardes, por estar situada a quinhentos metros acima do nível do mar,
considerava-se inexpugnável. Ela orgulhava-se também de seus fabulosos
tesouros. Suas abundâncias vinham, em parte, do rio Pactolos, que lhe fornecia
ouro e prata em grandes quantidades. Suas águas, de tão excelentes, eram tidas
como indispensáveis à boa saúde.
Sardes fazia parte do Reino da Lídia,
cujos monarcas tornaram-se notórios por sua magnificência. Haja vista o
fabuloso Creso. Ascendendo ao trono no sexto século a.C, este rei acumulou
tantos bens, que o seu nome veio a tornar-se sinônimo de riqueza. No mundo
antigo, este ditado era corrente: “Rico como Creso”.
Quem visita, hoje, a Turquia,
espanta-se com as ruínas de Sardes. Nem sombra há daquele reino que se elevava
aos céus.
2. A igreja em Sardes. Fundada
provavelmente pelo apóstolo Paulo, a igreja em Sardes exalava abundante vida.
De um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o Espírito Santo batizou a
todos no corpo de Cristo (Rm 6.3). E apesar da diversidade cultural, todos
agora achavam-se irmanados no Autor da vida (Nm 27.16; Jo 17.2; At 3.15).
Mas, não demorou muito, e Sardes
começou a necrosar-se; morria e não percebia que estava morrendo (Ap 3.1).
Sardes, agora, vivia de aparências.
Embora parecesse avivada, jazia sem vida. Sua liturgia até lembrava o cenáculo,
mas não passava de uma bem ritmada marcha fúnebre. Este é o retrato de algumas
igrejas. No exterior, a caiadura bela; no interior, o acúmulo de mortos (Mt
23.27). E os que ainda vivem já não suportam o mal cheiro dos que apodrecem
moral e espiritualmente.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Situada em uma região próspera, a igreja
de Sardes, outrora avivada, agora vive de aparência.
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
À igreja em Sardes, apresenta-se
Jesus como aquele que tem os sete Espíritos de Deus. Dessa forma, o Senhor realça
a ação plena do Espírito Santo na Igreja de Cristo. Somente o Consolador pode
vivificar uma igreja morta. Lembra-se do vale de ossos secos visto por
Ezequiel? Se buscarmos a Deus, o Senhor Jesus assoprará sobre nós o seu
Espírito. Cada osso com o seu osso se ajuntará; os nervos e tendões aparecerão
e as carnes vestirão todos os esqueletos, prontificando-os como o poderoso
exército de Jeová (Ez 37).
1. O que tem os sete Espíritos de
Deus (Ap 3.1). Era urgente que Sardes soubesse: sem o Espírito
Santo, a vida é impossível. Foi Ele quem transmitiu movimento e beleza a uma
terra sem forma e vazia (Gn 1.1,2). No ventre da virgem de Nazaré, concebeu o
Filho de Deus (Lc 1.35). E no Pentecostes, derramou-se sobre os discípulos (At
2.1-4). Sem o Espírito Santo, não há regeneração, pois o novo nascimento é
operado por Ele (Jo 3.5). Se Sardes estava morta, carecia com urgência do
Espírito da vida (Rm 8.2).
2. Os sete Espíritos de Deus. Existe
apenas um único Espírito Santo (Ef 4.4). Sua ação, todavia, é tão perfeita e
eficaz, que Isaías setuplamente o descreve: “E repousará sobre ele o Espírito
do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de
conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is
11.2). Através da sétupla ação do Espírito Santo, o Senhor Jesus traz novamente
vida as igrejas que, à semelhança de Sardes, deixaram-se esvaziar de Deus.
3. As sete estrelas. Apresenta-se
Jesus, também, como o soberano da Igreja. Tanto local, quanto universalmente,
Ele é a cabeça da Igreja, pois resgatou-a com o seu precioso sangue (Ef 5.23; 1
Pe 1.17-19). Eis porque os pastores, no Apocalipse, são representados como as
estrelas que se acham na destra do Cordeiro (Ap 1.20; 3.1). Portanto, se alguém
quer brilhar, que brilhe nas mãos do Senhor como luz de um mundo que jaz no
maligno.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O Espírito de Santo é aquele que pode
vivificar uma igreja espiritualmente morta.
III. A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA
Aos olhos das demais igrejas, Sardes
exibia-se bela e viva. Mas aos olhos de Cristo, não passava de um defunto bem
produzido. Aliás, a sua certidão de óbito já estava lavrada com a explicitação
da causa mortis.
1. Perda de memória. A
primeira doença a atingir a igreja em Sardes foi a perda de sua memória
espiritual. Embora vivesse do passado, já não conseguia lembrar-se do que
recebera de Deus. A exortação do Senhor é urgente: “Lembra-te, pois, do que
tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te” (Ap 3.3).
A situação de Sardes era mais grave
do que a de Éfeso. Esta igreja ainda podia lembrar-se do primeiro amor e voltar
ao local onde caíra. Mas aquela, posto já estar morta, carecia de uma
ressurreição; um grande e poderoso reavivamento. O Senhor Jesus, porém, tanto
nos restaura a memória espiritual, como nos faz ressurgir dentre os mortos (Ef
5.14).
2. Desleixo. Esta
foi a segunda doença de Sardes: desleixo. Embora não sejamos perfeitos, nossas
obras têm de primar pela excelência. A igreja em Sardes, todavia, desprezando o
padrão divino, fizera-se tão relapsa, que o Senhor já não a suportava: “Não
achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2).
No âmbito do Reino de Deus, a
perfeição é o padrão mínimo aceitável, conforme recomenda o apóstolo: “se é
ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que
exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que
preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12.7.8). A
perfeição na Igreja de Cristo só é possível se amarmos o Cristo da Igreja.
De que forma tratamos a Obra de Deus?
Lembremo-nos da advertência de Jeremias: “Maldito aquele que fizer a obra do
Senhor fraudulentamente!” (Jr 48.10).
3. Descaso para com o remanescente
fiel. No necrotério de Sardes, havia alguns crentes que
ainda respiravam. E o Senhor estava preocupado com eles: “Sê vigilante e
confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras
perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2). Jesus queria preservar a vida daqueles
poucos homens e mulheres que não haviam contraído as moléstias deste século:
orgulho, rebelião, adultério, fornicação, heresias, roubo, cobiça, calúnias.
É hora de confirmar os que ainda
respiram. Confirmemo-los através da Palavra de Deus, da oração, da comunhão dos
santos e do serviço evangelístico e missionário. Quanto aos que já morreram,
que ouçam a voz de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Desperta, ó tu que dormes, e
levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Apesar de morta espiritualmente, havia
na igreja de Sardes alguns remanescentes fieis, e fervorosos.
CONCLUSÃO
Se o anjo da igreja em Sardes não
cumprisse os seus deveres, teria o nome riscado do Livro da Vida: “O que vencer
será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do
livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus
anjos” (Ap 3.5). Sabe o que isso significa? Separação eterna de Deus. Sim,
desempenhar o ministério cristão de forma relapsa e profana pode levar o
obreiro a comprometer a própria salvação. Muito cuidado!
Finalmente, irmãos, a Igreja de
Cristo é lugar de vivos. Nosso Deus não é Deus de mortos (Mc 12.27).
VOCABULÁRIO
Caiadura: Disfarce,
dissimulação, falsa aparência.
Causa Mortis: Lat. Causa da morte.
Inexpugnável: Inconquistável. Irmanados: Unidos como irmãos; emparelhados.
Necrosar-se: Gangrenar-se; destruir-se.
Necrotério: Local onde ficam os cadáveres.
Relapsa: Que ou aquele que é negligente no cumprimento de suas obrigações; relaxado.
Sétupla: Número que vale sete vezes outros.
Causa Mortis: Lat. Causa da morte.
Inexpugnável: Inconquistável. Irmanados: Unidos como irmãos; emparelhados.
Necrosar-se: Gangrenar-se; destruir-se.
Necrotério: Local onde ficam os cadáveres.
Relapsa: Que ou aquele que é negligente no cumprimento de suas obrigações; relaxado.
Sétupla: Número que vale sete vezes outros.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HORTON, S. M. Apocalipse. As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed.,
RJ: CPAD, 2001.
LAWSON, S. J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed., RJ: CPAD, 2004.
LAWSON, S. J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed., RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Segundo
a lição, quem fundou a igreja de Sardes?
R. O
fundador provavelmente da Igreja de Sardes é o apóstolo Paulo.
2. Embora
parecesse avivada, como vivia a igreja de Sardes?
R. Sardes
vivia de aparência, ela já estava morta espiritualmente.
3. Quem
somente pode vivificar uma igreja morta?
R. Somente
o Espírito Santo pode vivificar uma igreja morta.
4. Segundo
a lição, qual foi a primeira doença a atingir Sardes?
R. Foi
à perda da memória espiritual.
5. Você
se considera vivo ou morto para Deus?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“O
que Tem os Sete Espíritos
Jesus declara ser o que possui os
sete Espíritos de Deus. Sete é o número da perfeição e da plenitude. Isto não
significa que haja sete Espíritos Santos. Há apenas um Espírito de Deus. Mas
quando o Espírito chega, vem pleno e com perfeição de poder. Apenas um espírito
cheio de energia pode inflamar os corações, dar energia ao louvor, convencer do
pecado, quebrantar, tirar o fardo e habilitar ministros.
A chave para o reavivamento nesta — e
em todas as igrejas mortas — está com Cristo. Apenas Jesus pode derramar o
Espírito sobre uma congregação. E apenas o Espírito Santo pode reavivar a
igreja. O reavivamento acontece apenas através da prerrogativa divina, jamais
pela vontade humana. O profeta Zacarias disse: ‘Não por força nem por
violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos’ (Zc 4.6)”
(LAWSON, S. J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed.,
RJ: CPAD, 2004, pp.143,44).
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