Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de
2013
Título: A Família Cristã no século XXI —
Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 6: A infidelidade conjugal
Data: 12 de Maio de 2013
TEXTO ÁUREO
“O que adultera com uma mulher é falto de
entendimento; destrói a sua alma o que tal faz” (Pv
6.32).
VERDADE PRÁTICA
A infidelidade conjugal traz sérias
consequências a toda a família. Por isso, Deus abomina tal prática.
HINOS SUGERIDOS
75, 111, 334.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 19.6
Deus ajuntou — Não separe o homem
Terça - Ef 5.25-28
Amor e fidelidade à esposa
Quarta - Ef 5.22-24
Submissão e fidelidade ao esposo
Quinta - Ef 6.11
As astutas ciladas do Diabo
Sexta - Mt 26.41
Vigiar e orar
Sábado - Êx 20.14
“Não adulterarás”
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27,28.
Provérbios 5
1 - Filho meu, atende à minha sabedoria: à
minha razão inclina o teu ouvido;
2 - para que conserves os meus avisos e os
teus lábios guardem o conhecimento.
3 - Porque os lábios da mulher estranha
destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;
4 - mas o seu fim é amargoso como o absinto,
agudo como a espada de dois fios.
5 - Os seus pés descem à morte: os seus passos
firmam-se no inferno.
Mateus 5
27 - Ouvistes que foi dito aos
antigos: Não cometerás adultério.
28 - Eu, porém, vos digo que
qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério
com ela.
INTERAÇÃO
Como
vai o seu casamento professor(a)? Como vai a sua família? O adultério é um
pecado de consequências desproporcionais ao bem-estar da família. Sofre o
cônjuge ferido, os filhos e toda a família. Esta, certamente, não é a vontade
divina, por isso, a presente lição, além de ensinar aos alunos a respeito do
perigo da infidelidade conjugal, é uma ótima oportunidade para todos nós
fazermos uma autoanálise. A família é o bem maior que o Senhor nos concedeu.
Por isso, vale todo o esforço para aperfeiçoar o relacionamento conjugal e
aprofundar o convívio com a família. Pense nisso!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Reconhecer que o adultério é um grave pecado.
- Elencar as consequências da infidelidade
conjugal.
- Pontuar alguns conselhos preventivos contra a
infidelidade.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor, reproduza o
esquema abaixo na lousa ou tire cópias. Peça aos alunos para escolherem um dos
três temas relacionados a fim de discutirem o assunto em grupo. Na sequência,
pergunte até que ponto estas situações podem comprometer a estabilidade de um
relacionamento conjugal. Ouça as respostas e finalize a atividade afirmando que
podemos nos relacionar com diversas pessoas, pois, afinal de contas, vivemos
nesse mundo, mas devemos conhecer o nosso limite. Até onde podemos ir e não ir.
A nossa mente e coração devem estar guardados no Senhor, pois, a sua Palavra é
a nossa bússola.
INTERNET
Se bem usada, a internet pode ser uma
bênção. Ela proporciona um mundo imenso de novas oportunidades, amizades e
empregos. É um espaço virtual que congrega pessoas de diversas origens e tipos.
AMIZADE PROFISSIONAL
Quando trabalhamos numa empresa
conhecemos diferentes pessoas. Naturalmente as afinidades aparecem e
estabelecemos permanente comunicação com elas. A amizade profissional é uma
consequência direta do nosso trabalho.
RELACIONAMENTO NA IGREJA
Na igreja local também nos
relacionamos com pessoas distintas. No Departamento dos Jovens, na União
Feminina e outros. A igreja local é uma ótima oportunidade de estabelecermos
laços fraternos de amizade com pessoas distintas.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Infidelidade: Procedimento de infiel;
deslealdade, traição, perfídia.
Vivemos num mundo carente de valores
éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que não seguem os desígnios
divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática socialmente aceitável.
Porém, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com a Bíblia, o adultério
é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus. Lamentavelmente, muitos
cristãos estão se deixando levar pelas astutas ciladas do Diabo, fazendo da
infidelidade conjugal um hábito. Nesta lição, refletiremos a respeito desse
terrível mal que vem infelicitando as famílias.
I. ADULTÉRIO, UM GRAVE PECADO
1. Conceito e origem da palavra. A
palavra adultério vem do latim adulterium, que significa “dormir em cama
alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD),
é a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge.
Tal ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo
quanto em o Novo testamento (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão
grave que no tempo da lei Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento
(Lv 20.10; Dt 22.22).
2. É preciso vigiar. A
infidelidade conjugal é um processo maligno que tem início na mente. No começo,
são apenas alguns pensamentos que surgem de “mansinho”. Se estes, porém, não
forem combatidos, acabam por nos impregnar a alma e o coração, redundando em
atos vergonhosos. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos (Sl 101.3;
Fp 4.8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairmos nas astutas
ciladas do Diabo (Ef 6.11). Jesus exortou-nos a respeito da vigilância e da
oração (Mt 26.41). Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus (1Sm
13.14), não vigiou. Ele cometeu um adultério que o arrastou a um homicídio (2Sm
11). Por isso, vigie.
3. Buscar a presença de Deus e não
desprezar o cônjuge. Sem a presença de Deus, o casal torna-se vulnerável
às investidas do Maligno. Todavia, a comunhão diária com o Senhor, por
intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do jejum, além de fortalecer-nos,
ajuda-nos a ter um bom relacionamento com o cônjuge. A presença divina
auxilia-nos a suportar as crises.
Muitos obreiros, por falta de
orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao ministério eclesiástico em
detrimento da família. O resultado é que a esposa e os filhos deixam de receber
atenção e carinho. É bom dedicar-se à Obra de Deus. A família, porém, não pode
ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do pastor (1Tm 3.1-7; 5.8; 1Co
7.32-34).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O adultério é um grave pecado. Por isso,
o cônjuge deve vigiar, buscar a presença de Deus e jamais desprezar o outro.
II. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. Afastamento de Deus. A
Palavra de Deus diz que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e
o seu paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3). O pecado, a princípio,
pode ser até “prazeroso”, mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena;
traz sofrimento e muita dor.
A imoralidade sexual e a infidelidade
destroem a família. Todos no lar são afetados de alguma forma. Alguns minutos
de prazer ilícito podem levar um homem, ou uma mulher, para o inferno, para a
perdição eterna (1Co 6.10). Deus é santo e não aceita o pecado. O adultério
divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos
divinas (Is 59.1,2).
2. Morte espiritual. O
adultério leva à morte espiritual, às vezes até a morte física. Quando nos
afastamos de Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as
pessoas e destrói a alma (Pv 6.32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço
pelo seu erro. Se o Senhor não ouve as orações daqueles que tratam mal os
cônjuges (1Pe 3.7), imagine como Ele reage à infidelidade conjugal (Ml 2.16).
3. Um lar despedaçado. O
adultério aflige toda a família. Os filhos, independentemente de sua idade, são
sempre os maiores prejudicados. Em geral, ficam decepcionados com os pais e
tendem a desconfiar sempre de todos. Alguns filhos acabam, além de carregarem
mágoas de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias.
Seus relacionamentos são afetados. Por isso, Deus abomina a infidelidade, a
deslealdade (Ml 2.15). O marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa
amar o marido (Ef 5.22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre
brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim
como o de Cristo pela Igreja. Tal amor é um antídoto contra a deslealdade.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A infidelidade conjugal afasta a pessoa
de Deus, mata a espiritualidade e dilacera o lar.
III. CONSELHOS CONTRA A INFIDELIDADE
1. Fuja das tentações. É
preciso ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos a terem uma
atitude de prudência e sensatez diante das tentações (Mt 10.16; 26.41). Ante o
perigo, façamos como José. Ele preferiu fugir a pecar contra Deus. Temendo ao
Senhor, rejeitou o pecado. E embora viesse a pagar um alto preço por sua
fidelidade, foi honrado por Deus no devido tempo (Gn 39-41). Diante do pecado,
fuja (1Ts 4.3).
2. Honre o seu cônjuge. Há
maridos que se envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo
de Deus, para que ninguém fosse “desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml
2.15). Envelhecer junto à mulher amada é um privilégio. Também há mulheres que,
com o passar do tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia,
porém, recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5.33). Os muitos afazeres
levam algumas mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu
cônjuge, dando-lhe o apreço e o respeito necessários.
3. Aprecie seu cônjuge. Você
aprecia seu cônjuge? Ter apreço significa vê-lo como algo valioso. A Palavra de
Deus nos diz que “onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso
coração” (Lc 12.34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma joia que
você protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua
vida. Há esposas e maridos que cuidam bem da casa, do carro, da conta bancária,
da igreja, mas não têm cuidado nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o e
alegrem-se juntos no Senhor. Não busque jamais beber água de outra cisterna (Pv
5.1-23).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Alguns conselhos contra a infidelidade
no matrimônio: fuja das tentações; honre o seu cônjuge e o aprecie.
CONCLUSÃO
Muitas famílias têm sido destruídas
por causa da infidelidade conjugal. Para que tenhamos uma vida conjugal
bem-sucedida precisamos investir diariamente em nosso relacionamento. É
necessário orar, vigiar e demonstrar afeto, apreço, investir no diálogo franco
e não abrir mão do respeito. Temos de conscientizar-nos de que a família e o
relacionamento conjugal são prioridades. Uma família bem constituída é uma
bênção para a obra de Deus.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HUGHES, R. K. Disciplinas
do Homem Cristão. 3 ed., RJ: CPAD, 2004.
HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
HUGHES, K. & B. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
HUGHES, K. & B. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. Defina,
de acordo com a lição, a palavra adultério.
R. É
a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge.
2. Na
Lei Mosaica, qual era a pena para quem adulterava?
R. O
apedrejamento (Lv 20.10; Dt 22.22).
3. Cite
as consequências da infidelidade.
R. Afastamento
de Deus, morte espiritual e um lar despedaçado.
4. De
acordo com a lição, quais conselhos podem ajudar a evitar a infidelidade?
R. Fuja
das tentações, honre o seu cônjuge, aprecie seu cônjuge.
5. Que
conselho você daria para alguém que foi infiel para com o seu cônjuge?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“UMA
META DE VIDA [...]
[...] Nossa igreja evangélica parece
uma comunidade de casamentos sãos. É tão boa na superfície “ cursos de
extensão, segurança financeira, casas elegantes, igrejas dignas, pessoas
bonitas e terapeutas matrimoniais para quando houver uma lombada na estrada.
Mas como é que Deus mede nosso casamento? Não é por esses padrões.
O casamento de meus pais estava muito
longe do maravilhoso pacote evangélico que descrevi. Contudo, havia
autenticidade e beleza nas promessas feitas e mantidas por este casal
trabalhador que enfrentou o que pareciam probabilidades insuperáveis. O
resultado foi uma colheita de graça, e eu sou parte disto.
Kent e eu somos casados há trinta e
oito anos. Temos quatro filhas adultas e dezesseis netos. Juntos tentamos
vivenciar as diretivas da Palavra de Deus sobre casamento. Nossas lutas foram
muitos diferentes das de meus pais, mas mesmo assim nosso compromisso se
fortaleceu, como o de meus pais, num amor profundo e permanente um pelo outro.
Nosso compromisso mútuo em viver conforme o plano de Deus para marido e mulher
nos capacitou a experimentar uma unidade feliz - algo raro e admirável neste
mundo arruinado” (HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1
ed., RJ: CPAD, 2005, p.150).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A infidelidade conjugal
A infidelidade conjugal é, sem
dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar. É tão séria que foi a única
opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso de divórcio, para que um
homem se afastasse de sua mulher para se casar com outra (a esposa infiel era
repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio).
A infidelidade conjugal é prejudicial
à família e à relação com Deus. O Antigo Testamento mostra que a idolatria é
comparada a uma infidelidade conjugal. Oséias, profeta de Deus, demonstrou em
sua profecia a similaridade da traição de sua mulher, Gomer, com as traições de
Israel para com Deus, motivo que fez com que Deus se irritasse muito com Seu
próprio povo.
Vigilância dos crentes — Não são
poucos os crentes que utilizam a desculpa da “espiritualidade” para se
desvencilharem de suas obrigações conjugais. Paulo deixa claro que essa atitude
tem uma implicação séria: a tentação de satanás. “Não vos negueis um ao outro,
a não ser de comum acordo por algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração.
Depois, uni-vos de novo, para que Satanás não vos tente por causa da vossa
falta de controle” (1Co 7.5). Paulo deixa claro que a abstinência sexual das
pessoas casadas devem seguir estes princípios: Deve ser de comum acordo, ou
seja, o casal deve concordar com essa abstinência, ou ela não poderá acontecer;
deve ser temporário, ou seja, não pode ser por toda a vida; deve ser para que a
pessoa se dedique à oração, ou seja, um propósito específico e elevado. A
consequência de não se respeitar esses princípios é ser alvo da tentação de
Satanás. Imagine a situação: se andamos com Deus e ainda assim somos tentados,
quem dirá se abrirmos a guarda e dermos motivos para que o tentador nos ataque.
Portanto, que isso fique claro: atender ao nosso cônjuge em suas necessidades
sexuais faz parte de nossa obrigação também diante de Deus, e nos resguarda de
tentações satânicas na esfera sexual. Portanto, fuja desse tipo de tentação,
compreendendo seu cônjuge e honrando-o em suas necessidades afetivas.
Lembremo-nos das duas consequências
funestas da infidelidade conjugal: a destruição do lar e o afastamento de Deus.
É evidente que o preço a se pagar por tal pecado é alto demais para aqueles que
prezam por sua família e pela comunhão com Deus. Uma família bem estruturada
tem seu preço, e da mesma forma uma família desestruturada. Que isso nos sirva
de lição para que nos guardemos dos pecados sexuais e de suas consequências.
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PAZ DO SENHOR
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